Durante as oito horas diárias em que Rubian Gerola, 33, trabalhava como atendente de pedágio em rodovias afastadas de Maringá (PR), sede da organização, ela não tinha acesso a informações institucionais, notícias e entretenimento.Luciano Samarco, presidente da Trunfo Comunicação, que tem programação ao vivo de rádio para a Bradesco Seguros. Foto: Carlos Secconello/Folhapress.
O trabalho, diz, resumia-se a cobrar, agradecer e desejar "uma boa viagem". Há dois anos, porém, a profissional considera-se mais motivada.
Isso porque, nas instalações da Viapar, onde é empregada, foram implantados alto-falantes, que tocam músicas e transmitem notícias da empresa. "Agora sei quando o salário cai adiantado", comemora Gerola, recentemente promovida a conferente.
A rádio corporativa é recurso utilizado para interligar unidades das empresas, motivar funcionários e disseminar a cultura organizacional de forma menos burocrática.
O veículo está em 3% das 164 maiores companhias em faturamento do país, segundo pesquisa realizada neste ano pela Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial). O índice é três vezes maior que o de 2010.
"Hoje, o conteúdo da rádio pode ser veiculado pela internet, o que torna a tecnologia mais viável ao orçamento dos empresários", avalia Paulo Nassar, diretor da associação.
No entanto, frisa o diretor, a implantação exige gastos, como a contratação de profissionais de comunicação. "O rádio deve mesclar entretenimento com informação."
Na área de previdência da Bradesco Seguros, cinco pessoas cuidam da rádio corporativa on-line, que transmite músicas e notícias da empresa e do setor de seguros ao longo da jornada de trabalho.
"Divulgamos promoções, parabenizamos os aniversariantes e cobrimos eventos da empresa", pontua Luciano Samarco, um dos responsáveis pela programação.