Homem, de 40 anos, foi flagrado no Hospital de Urgências de Goiânia
Ele foi autuado por exercício ilegal da profissão e responderá em liberdade.
- Do G1/GO -O representante comercial, de 40 anos, que se passava por médico no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), na noite de sábado (27), foi autuado por exercício ilegal da profissão e responderá pelo crime em liberdade. O representante alegou que estava no hospital
atendendo a um “chamado divino”.
Ele foi encaminhado para o 8º Distrito Policial (DP), no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, e, na delegacia, comprometeu-se a comparecer à audiência marcada para o dia 29 de novembro, no 3º Juizado Especial Criminal, no Parque Atheneu.
De acordo com a polícia, o supervisor administrativo do hospital flagrou o homem
indicando exames e realizando diagnósticos em pacientes na ala feminina do hospital. Segundo informações do supervisor, o falso médico não portava documentação.
De acordo como delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos da Costa Ferreira, o falso médico negou as declarações e disse que estava no hospital para “prestar apoio espiritual” e que usava um jaleco branco para se defender de toda espécie de vírus.
Segundo o hospital, as pacientes relataram ao supervisor administrativo da unidade que
o homem estava indo ao local rotineiramente desde 23 de agosto. Nas visitas, conforme as pacientes, ele identificou-se como funcionário e prescreveu exames, entre os quais raios-x e hemograma.
Segurança
O diretor-geral do Hugo, Salustiano Gabriel Neto, afirma que a segurança é uma das prioridades da direção do hospital, inclusive pelo fato de a unidade receber com frequência vítimas de crimes. Segundo ele, o hospital tem três portas de entrada - emergência, classificação de risco e social. Em todas elas, há a presença constante de vigilantes que monitoram a entrada de pacientes, servidores e visitantes, garante o diretor.
Salustiano Gabriel ressalta que há a possibilidade de que o representante comercial tenha entrado pela portaria social durante o horário de visitas e permanecido no interior do estabelecimento até ser surpreendido pelo supervisor administrativo.