- Do G1/Globo - Segundo a polícia, sargento atirou em dois colegas e se matou
Servidores do órgão são investigados por suspeitas de fraude em veículos.
Servidores são investigados em Feira de Santana (Foto: Reprodução/TV Subaé).
Três funcionários do Departamento de Trânsito de Feira de Santana (3ª Ciretran) morreram baleados na manhã desta quinta-feira (29), na cidade a cerca de 100 Km de Salvador.
Um deles é o sargento coordenador do setor de habilitação. Segundo informações do coordenador-geral de Polícia Civil de Feira de Santana, Ricardo Brito, o sargento atirou nos colegas e, em seguida, se matou.
Os crimes ocorreram por volta das 8h, no estacionamento do Corpo de Bombeiros, no Centro Industrial Subaé. Os três eram examinadores do Ciretran e seguiriam de lá até o local de provas de habilitação.
Segundo testemunhas, o sargento chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia investiga se os crimes têm relação com denúncias de fraudes no órgão.
Em nota, o Detran-BA lamentou o falecimento dos funcionários. O horário do velório e sepultamento ainda não foi informado.
Força-tarefa
Sete servidores do órgão são investigados por suspeita de fraude. Uma funcionária já foi exonerada. A força-tarefa foi criada para apurar várias denúncias, entre elas a regularização de carros roubados.
As investigações começaram há 25 dias.
Seis supostos envolvidos nas fraudes estão sendo remanejados para outras funções. Dez servidores indicados pela direção do Detran na Bahia colheram documentos, ouviram depoimentos e investigaram servidores denunciados por supostas vítimas das fraudes.
Uma delas, a considerada mais grave, diz respeito à vistoria de veículos que não chegavam a ser levados para o pátio da Ciretran.
Segundo o coordenador interino do órgão, Osvaldo Moura, foi dessa forma que vários carros roubados foram transferidos através da Ciretran. “Nós estamos com alguns processos, com chassi adulterado, com documentos falsificados”, afirma Osvaldo.
A força-tarefa também investigou o atendimento a despachantes e pessoas não credenciadas nos guichês destinados aos particulares, o que é proibido. A investigação também descobriu que examinadores estavam facilitando a avaliação dos candidatos a motorista nos exames de rua.