- Por Ana Maria Campos/Correio Braziliense - O governador Agnelo Queiroz (PT) declarou ontem por meio do porta-voz do Governo do DF, Ugo Braga, que tem “obrigação institucional” de não acreditar na participação do vice-governador, Tadeu Filippelli (PMDB), em suposta tentativa de prejudicá-lo. Numa das interceptações telefônicas da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, insinua em conversa com Marcello de Oliveira Lopes, conhecido como Marcellão — policial civil que trabalhou com o ex-chefe de gabinete da governadoria Cláudio Monteiro —,
que o vice-governador pagava jornalistas para manter uma campanha ostensiva de ataques a Agnelo.
Por conta da divulgação nos últimos dias no noticiário pela internet desse trecho das escutas do inquérito, o porta-voz do GDF fez um pronunciamento:
“Sobre as informações publicadas a respeito de uma suposta articulação do vice-governador Tadeu Filipelli com jornalistas, com o intuito de prejudicá-lo, o governador Agnelo Queiroz afirma que, caso algo desse nível tenha de fato acontecido, considera inaceitável”. E acrescentou: “Porém, (Agnelo) afirma ter obrigação institucional de não acreditar em algo assim”. De acordo com Ugo Braga, o governador considera que Filippelli é leal.
“O vice-governador tem demonstrado lealdade e comprometimento com o Governo do Distrito Federal, o que contradiz as conversas de terceiros interceptadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Monte Carlo”, afirmou o porta-voz.