- Por Josie Jeronimo/Correio Braziliense -
A defesa de Carlinhos Cachoeira conseguiu suspender o depoimento que o contraventor prestaria hoje na Justiça Federal.
Às vésperas da audiência, os advogados do bicheiro impetraram habeas corpus alegando que o direito de defesa estava cerceado, pois a defesa não pode falar reservadamente com Cachoeira antes do depoimento. Terça-feira, o advogado do contraventor,
Márcio Thomaz Bastos, solicitou conversa reservada com o bicheiro para orientá-lo antes da audiência, mas o pedido foi negado. Os dois só podem se falar no chamado “parlatório”, local onde a conversa é gravada.
Cachoeira e o advogado Márcio Thomaz Bastos alegam que precisam 'conversar' antes reservadamente.
Foto: Antônio Cruz/ABr.
A decisão foi divulgada nesta manhã aos jornalistas que chegavam ao local, para acompanhar os depoimentos
A concessão da liminar suspendeu, automaticamente, todas as outras audiência que estavam previstas para hoje e amanhã. A decisão foi do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Tourinho Neto, que acatou parcialmente a demanda da defesa de Cachoeira.
O despacho do desembargador determina que só após a liberação de conversa reservada entre a defesa de Cachoeira e os advogados, e a transcrição de depoimentos de testemunhas que até agora estão registrados apenas em áudio e o fornecimento de dados das companhias telefônicas sobre os acessos dos agentes da Polícia Federal às contas acessadas o processo poderá retomar seu curso natural e as audiências previstas para hoje e amanhã remarcadas.
Outros acusados que juntamente com Cachoeira participariam da audiência na Justiça chegaram a ser deslocados para o prédio da Justiça Federal, em Goiânia. O Ministério Público Federal apresentará recurso contra a liminar que suspendeu as audiências.