- Da Redação, com Agência Brasil -
O Diário Oficial da União publicou nesta quarta-feira (2/5) a lei que inscreve o nome da heroína catarinense Anita Garibaldi (1821-1849) no Livro dos Heróis da Pátria.
O livro registra perpetuamente os nomes dos brasileiros e de grupos de brasileiros que tenham dado a vida pela pátria “defendendo ou construindo, com dedicação e heroísmo”.
Anita Garibaldi, nascida Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, foi esposa do herói italiano Giuseppe Garibaldi que, no Brasil, lutou pelos ideais republicanos contra o Império.
Giuseppe e Anita Garibaldi.
Anita conheceu Giuseppe em 1837, durante a Guerra dos Farrapos, quando as forças da República Rio-Grandense tomaram a cidade catarinense de Laguna. Com o tempo, ela aprendeu a manejar armas e passou a acompanhar o marido nas batalhas.
O Livro dos Heróis da Pátria foi criado em novembro de 2007, pela Lei 11.597, assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. Está depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Desconhecido por boa parte dos cidadãos brasileiros, o Livro dos Heróis da Pátria é um dos destaques no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O Livro de Aço, como também é conhecido em função do material utilizado em sua confecção, destina-se ao registro perpétuo de personalidades históricas ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido suas vidas para a defesa da Pátria, com excepcional dedicação e heroísmo. Toda vez que um novo nome é gravado em suas laudas de metal juntamente com sua respectiva biografia, uma cerimônia in memoriam ao homenageado é realizada.
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O tomo se encontra depositado no terceiro pavimento do Panteão, entre o Painel da Inconfidência, escultura de João Câmara em homenagem aos mártires do levante mineiro, e vitral de autoria da artista Marianne Peretti. A edificação tem projeto de Oscar Niemeyer e sua forma se assemelha a uma pomba em analogia a pomba da paz, possui três pavimentos, somando área total construída de 2 105 m². Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França.
Também estão no livro Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; Zumbi dos Palmares; Marechal Manuel Deodoro da Fonseca; Dom Pedro I, entre outros. O Panteão é um monumento de arquitetura modernista, simbolizando uma pomba, criada por Oscar Niemeyer.