Um pastor de 37 anos foi preso pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher suspeito de violentar uma menina de 12 anos no Itapoã - DF
- Por Gustavo Frasão, do R7 -
De acordo com a delegada que investiga o caso, Ana Cristina Santiago, a mãe da criança desconfiou do caso quando foi tomar banho com a filha no domingo (14/10) que se contorcia de dor nas partes íntimas. A mãe, então, levou a filha ao hospital. No local, elas foram orientadas pelo médico a seguir até à polícia.
Durante a investigação do caso, a polícia chegou até o suspeito que a princípio negou as acusações. Entretanto, diante dos fatos, ele confessou e explicou a ação após ser preso na terça-feira (16/10). Segundo o pastor, ele buscou a vítima e a irmã dela de 10 anos de carro na casa delas para levá-las à igreja.
No local, disse que as levaria para ter aulas de coral no fundo da igreja, no entanto, as levou para a própria casa que fica no fundo do estabelecimento, onde mora com a companheira e um enteado de 5 anos. O homem, então, pediu para que a irmã mais nova fosse com o enteado dele buscar outros integrantes do coral e ficou a sós com a menina para cometer o crime.
A delegada titular da DEAM (Delegacia Especializada da Mulher), Ana Cristina Santiago, disse que o acusado é pastor de uma igreja no Itapoã, no Distrito FederaL e que tinha livre acesso à casa da família.
— A mãe nos contou, em depoimento, que ele passou na casa dela dizendo que iria levar a filha dela e uma outra menina, de dez, para um ensaio do coral. No entanto, ele pegou as crianças e as levou para a residência dele, que fica nos fundos da igreja. Depois, ele aproveitou um momento que ficou sozinho com a menina de 12 anos e cometeu o estupro.
Ele disse que não houve penetração durante o ato.
Ana Cristina relatou que, apesar de não ter acontecido a penetração propriamente dita, o caso é considerado como estupro consumado, ou seja, que realmente aconteceu.
— Ele prestou depoimento e chegou a negar tudo, mas como estamos investigando isso desde domingo e temos provas suficientes para incriminá-lo, a única alternativa que ele teve foi confessar o crime e contar como o cometeu.
A delegada informou que não existem suspeitas de outras pessoas que possam ter sido vítimas do acusado, mas garante que as investigações continuarão.
— Esta é uma linha de investigação e vamos trabalhar, a partir de agora, neste sentido também.
Além disso, Ana Cristina faz algumas observações para evitar que outras pessoas sejam vítimas desse mesmo tipo de crime.
— Ele tinha livre acesso à casa, era de confiança da família. Infelizmente, nesses casos, a gente observa que o criminoso é alguém muito próximo, como amigo, familiar, vizinho, enfim, alguém que tenha a confiança das pessoas. A melhor orientação é: pais, não deixem seus filhos sozinhos com ninguém.
O homem não tem antecedentes criminais e será julgado por estupro de vulnerável. Se for condenado pode cumprir pena de 8 a 15 anos prisão.