Morreu esta manhã, em Brasília, o ex-deputado Sergio Mirada, 65 anos, que vinha lutando contra um câncer de pâncreas.
- Do Blog Tereza Cruvinel/Correio Braziliense - Sergio Miranda nasceu em Belém mas mudou-se ainda na infância para Fortaleza onde, aos 15 anos, começou a militar no movimento estudantil, ingressando no PC do B.
Durante a ditadura, foi preso no Congresso da UNE em Ibiuna e expulso do curto de matemática da Universidade Federal do Ceará, passando a militar na clandestinidade e atuando, quando podia, como professor secundarista. Radicou-se depois em Minas Gerais, onde elegeu-se vereador em 1988.
Em 1993, com a renúncia de Célio de Castro, que se elegera vice-prefeito da capital mineira, assumiu o mandato de deputado federal como suplente, reelegendo-se em 1994, 1998 e 2002.
Na Câmara, destacou-se pela combatividade política e pela aplicação técnica a temas como orçamento e economia nacional, defesa dos direitos sociais e telecomunicações. Atuou nas CPIs dos anões do orçamento e das fraudes contra o INSS e na comissão que investigou o assassinato de fiscais do Ministério do Trabalho. Durante seu mandato, figurou com freqüência na lista dos cem deputados mais influentes da Câmara, elaborada pelo DIAP.
Em 2002, apoiou a eleição de Luiz Inacio Lula da Silva mas, no início do Governo votou contra a reforma previdência, sendo punido com suspensão pelo PC do B, juntamente com outros dissidentes da orientação partidária.
Depois de 43 anos de militância comunista, deixou o partido em 2005 e ingressou no PDT, não conseguindo reeleger-se em 2006 nem em 2010.
Era presidente do diretório do PDT em Belo Horizonte e presidente da Fundação Alberto Pasqualini. Ainda não há informações sobre seus funerais.