Unidade especializada conta com seção específica para combater o comércio ilegal
Em uma das operações realizadas no ano passado, a delegacia recolheu 5 mil produtos ilegais.
- Por Mariana Laboissière, do Correio Braziliense -
O emagrecedor OxyElite Pro também é usado por candidatos de concursos públicos para aumentar o rendimento em testes físicos: risco à saúde.
Produtos como o OxyElite Pro, sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estão na mira da Polícia Civil do Distrito Federal.
Há dois meses, a corporação investiga casos de comercialização ilegal de compostos como o suplemento alimentar, obtido com facilidade fora do Plano Piloto, como mostrou com exclusividade o Correio nos últimos dois dias.
Como ocorre com o OxyElite, a venda do Cytotec, abortivo; do Pramil, estimulador sexual; da Sibutramina, emagrecedor; de garrafadas e outros preparos com fins terapêuticos também é monitorada pela polícia.Atualmente, a Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) conta com um setor específico para apurar a venda de produtos colocados no mercado sem o registro da Anvisa.
“O nosso pessoal passou por treinamento, um curso realizado com o próprio órgão. Já fizemos várias apreensões nesse sentido, uma delas na casa de 5 mil itens”, explica a delegada Cláudia Alcântara, titular da unidade especializada.
Cláudia destaca ainda a importância do trabalho: “Muitas vezes, o cliente nem sabe o que está ingerindo. Ele compra somente pela promessa de finalidade terapêutica e, aí, está o problema. Observamos isso acontecer em feiras, nas quais o vendedor promete milagres para dor de cabeça, potência sexual, coceira. Esses também podem ser punidos”, explica.
PerigoA dimetilamilamina (DMAA), presente no suplemento OxyElite, pode causar problemas como:» Dependência» Insuficiência renal» Falência do fígado» Disfunções metabólicas» Problemas cardiovasculares» Alterações do sistema nervoso» Aumento da temperatura corporal