- Por Jorge Wamburg - Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje (23) mostra que o nível de atividade e o número de empregados da construção civil caíram em julho, pelo terceiro mês consecutivo, mas os empresários ainda mantêm confiança para o próximo semestre.O indicador registrou 45,5 pontos – resultado que, praticamente, repete o que ocorreu nos dois meses anteriores. “Essa situação é comum a todos os portes e setores de empresas”, destaca a Sondagem Indústria da Construção.
Os indicadores de nível de atividade efetivo em relação ao usual foram de 48,9 pontos, em maio, e 47,7 pontos, em junho. Os índices desse levantamento variam de 0 a 100. Valores superiores a 50 indicam atividade aquecida, e abaixo, atividade desaquecida.
Na comparação com junho, a atividade do setor também recuou, com queda no emprego. O indicador de evolução da atividade ficou em 48,3 pontos e o de número de empregados registrou 48,2 pontos.
De acordo com os resultados apurados pela pesquisa, a utilização da capacidade de operação (UCO) do setor, em julho, manteve-se em 69%, o mesmo percentual registrado em junho.
Mesmo com o desaquecimento da indústria da construção, os empresários do setor continuam otimistas, informa ainda o levantamento da CNI junto às empresas de construção. No entanto, essa confiança está menos disseminada que nos meses anteriores.
Segundo a Sondagem, todos os indicadores de expectativa para os próximos seis meses ficaram acima dos 50 pontos, mas caíram em agosto na comparação com julho.
Os indicadores de perspectivas sobre a atividade e sobre novos empreendimentos registraram, ambos, 56,3 pontos neste mês. As expectativas para a compra de insumos e matérias-primas assinalaram 56,2 pontos e para o número de empregados, 55,7 pontos.
A Sondagem da Indústria da Construção foi realizada entre os dias 1º e 13 de agosto com 464 empresas. Dessas, 168 são de pequeno porte, 182 são médias e 114 são grandes.