O deputado distrital Wellington Luiz, o presidente em exercício do Sinpol, Ciro de Freitas, o presidente do Sindepo, Benito Tiezzi e Secretário de Segurança Pública, Daniel Lorenz não foram recebidos na Casa Civil da Presidência da República
Secretários do GDF se reúnem na Casa Civil para intermediar policiais civis
O secretário de Segurança Pública, Daniel Lorenz, e o secretário de Administração Pública, Denílson Bento da Costa, articularam uma negociação entre os policiais civis e o governo federal na tarde desta sexta-feira (25/2). Os secretários foram recebidos pelo secretário executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, para tratar da Medida Provisória de reestruturação das carreiras de delegados e agentes da Polícia do DF.Os policiais civis ameaçam uma greve durante o feriado de carnaval. A nova paralisação foi pensada após a categoria não ter sido recebida em uma reunião nesta manhã na Casa Civil em que discutiriam reivindicações, como a reestruturação da carreira e uma reposição salarial de 28% diluída em cinco parcelas.
A assessoria de imprensa da Casa Civil nega que o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) e a própria Secretaria de Segurança Pública do DF tenham encaminhado pedidos para a audiência que aconteceria pela manhã. Segundo o órgão, o ministro Antonio Palocci não recebeu nenhum pedido.
Nova greveA ideia de uma nova greve - esta de tempo indeterminado - aconteceu após representantes do policiais não serem recebidos, nesta manhã de sexta-feira (25/2), pelo governo federal na Casa Civil. De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Policiais (Sinpol), Luciano Marinho, estava prevista uma reunião com o órgão que acabou não acontecendo. "Nós chegamos lá junto com representantes do governo do DF e não fomos atendidos. Foi desmarcada e não foi apresentada nenhuma razão. Entendemos que o governo federal trata com descaso a Segurança Pública da capital e não está dando atenção devida à gravidade", afirma Luciano.
Por esse motivo, o diretor de comunicação explica que a categoria deve iniciar uma nova greve, que será decidida no dia 3 de março, mesmo dia em que os policiais se reúnem em assembleia. "Essa paralisação deve seguir o mesmo regramento dessa de 72 horas. Mas é importante lembrar que alguns tópicos podem ser repensados e endurecidos. Serviços considerados emergenciais como vistoria de liberação de álvara e carteira de identidade podem ficar suspensos durante a greve", explica. Segundo Luciano Marinho, pode ficar decidido que os policiais vão atender apenas ocorrências com morte, diferente do atendimento da paralisação atual, que atende casos de lesão corporal com gravidade.O diretor ainda disse que a categoria deve fazer manifestações como forma de pressionar o governo. "Podemos fazer carreatas e manifestações na Esplanada e em frente ao Congresso, onde for preciso", garante Luciano Marinho.