Marcha da Liberdade reúne 1,5 mil na orla de Copacabana
Manifestantes pedem legalização da maconha e protestam contra homofobia.
Código Florestal e apoio aos bombeiros do Rio também foram abordados.
- Da Agência Brasil - Rio de Janeiro – Representantes de diversos movimentos sociais caminharam neste sábado (18/6) pela Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, durante a Marcha da Liberdade, que aconteceu neste sábado em 40 cidades brasileiras. Segundo policiais militares que acompanhavam o protesto, mais de mil pessoas participaram do evento.
Usando faixas, cartazes, adereços, malabares e megafones, os manifestantes chamavam a atenção da população e convidavam moradores e frequentadores do bairro a se juntar ao grupo, com gritos de “Vem pra liberdade”. No percurso, também faziam coro para se manifestar sobre temas variados.
De acordo com o organizador do evento, Renato Cinco, a manifestação, que seria inicialmente para defender a descriminalização do uso da maconha, ganhou o apoio de outros movimentos e mudou de nome. Na última quarta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar marchas pela descriminalização das drogas no país.
“A princípio seria a Marcha da Maconha, mas muita gente resolveu se juntar para defender a liberdade como uma coisa mais ampla. Todos têm o direito de se expressar livremente e isso é o mais importante” disse.
Durante a passeata, pela Avenida Atlântica, novos cantos eram entoados: “1, 2, 3, 4, 5, mil, vamos legalizar a maconha no Brasil” e “Quem não pula quer censura”, cantado enquanto todos os manifestantes pulavam. “Eu acho que os brasileiros tem que se engajar, não só para legalizar a maconha, mas por todos os nossos direitos”, ressaltou a estudante de Jornalismo Beatriz Garcia, de 22 anos, usando óculos em formato da folha da maconha. “Se a gente não participar, nada muda no Brasil”, complementou.A advogada Meli Trentin marchou com a filha Rita, de 1 ano, no colo. Segundo ela, em todos os setores, é possível ver discriminação, mas nos grupos tradicionalmente excluídos ela é mais visível. “Estamos vivendo um momento em que se discute a ampliação do sistema penal, em que movimentos sociais ainda são criminalizados e a classe média é oprimida. Temos que lutar contra isso e eu trouxe a Rita porque espero que ela ajude a construir um mundinho melhor”, afirmou.
Segurando um cartaz que chamava a atenção para a existência de drogas liberadas pela legislação, como cigarro e álcool, o técnico de planejamento Leandro Schmidt defendia a descriminalização da maconha. “O capitalismo exige que algumas drogas sejam legalizadas, mas com a maconha é diferente. Não precisamos inventar a roda, ela [a maconha] já é liberada em outros países que têm inclusive regras de uso”, defendeu.
A representante do movimento gay Márcia Marçal carregava uma bandeira com as cores do arco-íris para criticar a homofobia. Segundo ela, as ações para coibir a violência contra gays, lésbicas, transexuais e travestis precisam ser mais intensas. “Milhares de gays são mortos a cada ano e é preciso que isso acabe”, defendeu.
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