- Do Correio Braziliense - Servidores da saúde do Distrito Federal realizam nesta manhã de segunda-feira (4/7) uma assembleia na Praça do Buriti. Foto: Bruno Peres CB/DA Press.
Os grevistas aguardavam o posicionamento do Governo do Distrito Federal sobre as negociações da paralisação. Porém, segundo o presidente do Sindsaúde, Agamenom Torres, o governo afirmou que “não negocia com categorias em greve”.
Os manifestantes prometem intensificar a greve a partir de quinta-feira (7/7). Todos os centros de saúde serão fechados e apenas UTIs funcionarão. Além disto, as lavanderias e diretorias de informática, responsáveis pela gerência dos prontuários, também não funcionarão.
“O governo só vai negociar com o fim da greve, mas é impossível parar a greve sem proposta. Se o governo radicalizar, os servidores vão radicalizar também”, ameaçou Agamenon Torres.
Após a notícia ser repassada pelo presidente, os grevistas votaram pela expulsão do governador Agnelo Queiroz do sindicato. Além disso, cerca de 700 pessoas fecharam o Eixo Monumental, por volta das 11h45, o que complicou o trânsito para quem passava pela via. A Polícia Militar está no local fazendo a segurança da manifestação.
Os servidores entraram em greve há uma semana, depois de recusar a proposta do governo. A categoria, que não inclui médicos e enfermeiros, reivindica aumento de 34% do auxílio-alimentação (de R$ 199 para R$ 304), o repasse imediato do percentual de reajuste do Fundo Constitucional do DF, a implantação do plano de carreira, cargos e salários da categoria, e a oferta de plano de saúde. Os profissionais de saúde pedem também a incorporação aos salários da Gratificação por Apoio Técnico Administrativo (Gata) e a redução da carga horária para 20 horas semanais.
O Sindsaúde informou que não foi notificado oficialmente sobre a multa diária de R$ 30 mil, mas satirizou a cobrança com um cartaz que incentiva os grevistas a jogarem moedas para ajudar no pagamento. De acordo com Agamenom Torres, assim que o sindicato for informado sobre a multa, eles irão recorrer da decisão.
Segundo assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do DF, as negociações por parte do GDF e da própria Secretaria só serão retomadas quando os servidores voltarem ao trabalho.