Durou cerca de seis horas o depoimento à polícia do companheiro da juíza Patrícia Lourival Acioli, baleada no fim da noite de ontem (11) em Niterói, na região metropolitana do Rio
Marcelo Poubel, que é cabo da Polícia Militar, chegou por volta das 8h na Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Ele deixou o local sem falar com a imprensa, por volta das 14h.
De acordo com investigadores, Patrícia e o Marcelo viviam juntos e se separaram em fevereiro, após um desentendimento. Recentemente o casal se reconciliou e eles retomaram o relacionamento.
Marcelo Proubel no enterro da juíza Patrícia Acioli.
O policial disse que não estava em casa na hora do crime, mas forneceu informações sobre a rotina da juíza.
De acordo com o presidente da Associação dos Magistrados do Rio, Antônio Siqueira, a juíza dispensou, em 2007, a segurança oferecida pelo Tribunal de Justiça aos juízes ameaçados --ela recebia escolta desde 2002.
Ele disse que, na época, ela explicou que seu companheiro era policial e que ele se encarregaria de sua segurança.
Poubel também será ouvido pela Corregedoria da PM.
Policias fazem perícia no carro da juíza Patrícia Acioli, baleada em Niterói, na região metropolitana do Rio. Foto: Severino Silva/Ag. O Dia. Além do companheiro da juíza, outras nove pessoas já foram ouvidas pela polícia nesta sexta-feira, todos vizinhos. Dois vigias, que trabalham em horários alternados em uma cabine na rua do Corais --onde a juíza foi assassinada-- também prestaram depoimento na tarde de hoje.
A polícia também analisa imagens das câmeras de segurança do condomínio para onde a vítima havia se mudado havia três meses. Por enquanto, a polícia afirma que os criminosos usaram duas motos, cujos ocupantes estavam com capacetes, e um carro. A presença de um segundo carro é investigada.
Equipes de investigadores estão colhendo depoimentos na 4ª Vara de São Gonçalo, onde a juíza trabalhava. Os parentes dela ainda não foram ouvidos.
TIROS
Investigadores da delegacia disseram que a perícia no carro da juíza concluiu que o veículo foi alvejado por 16 tiros --inicialmente, foi divulgado que 15 tiros haviam acertado o carro.
Dos 16 tiros, 8 atingiram o lado do motorista, onde a juíza estava. A perícia ainda não informou quantos tiros atingiram o corpo de Patrícia.