O jornal "O Estado de São Paulo", a exemplo do Repórter Esso, 'foi testemunha ocular da história'.
Leia aqui as principais notícias sobre a 'Era Jânio Quadros', que terminou com a sua renúcia há 50 anos.
- Do O Estado de São Paulo - Foto: Domicio Pinheiro/AE
Alegando que “forças terríveis” o impediam de governar, o presidente Jânio Quadros, anunciou na manhã do dia 25 de agosto de 1961 sua decisão de renunciar ao cargo.
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O sucessor do presidente Juscelino Kubitschek ficou apenas sete meses no governo. O que era para ser mais um blefe do político da vassoura ficou conhecido como um dos atos mais misteriosos do cenário nacional. O próprio Jânio jamais apresentou detalhadamente sua versão. “Peguem qualquer uma das 18 versões e escolham a sua”, dizia ele.
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Jânio participou primeiro da comemoração ao Dia do Soldado, defendendo em discurso sua política externa.
Após a solenidade, deixou com o ministro da Justiça a carta de renúncia, com ordem para que a levasse ao Congresso às 15 horas. Em seguida, arrumou as malas e deixou Brasília, já como ex-presidente.
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Contra seus cálculos, o Congresso aceitou sua decisão de imediato e nomeou Ranieri Mazzili presidente interino. A ação abriu caminho para uma série de acontecimentos políticos que resultou no golpe militar de 64.
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31 de janeiro de 1961 – Jânio é empossado. O presidente inicia uma administração que seria marcada por medidas moralizadoras, proibindo rinhas de briga de galo, lança-perfume em bailes de carnaval e até biquínis em concursos de miss. Retoma o hábito de se comunicar com ministros por meio de memorandos, os famosos “bilhetinhos de Jânio”.
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Jânio Quadros foi o maior fenômeno eleitoral do Brasil. Vereador, deputado estadual, prefeito, governador, deputado federal – afora o Senado, ele galgou todos os cargos eletivos existentes. Nada por nomeação.
De professor secundário a presidente da República, sua ascensão política demandou apenas 13 anos. Subiu a rampa do Planalto aos 44 anos. Saiu pela garagem, por vontade própria, antes de completar 45.
Para onde iria Jânio?