- Do Correio Braziliense -
Martha é acusada de cometer crimes durante a prisão de três supostos envolvidos no caso Villela
A delegada Martha Vargas, ex-chefe da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), foi denunciada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) por falsidade ideológica, fraude processual, denunciação caluniosa, violação de sigilo funcional, favorecimento pessoal e tortura.
Com as acusações feitas pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial no último dia 17, a servidora pública corre o risco de perder o cargo caso a Justiça entenda que ela cometeu os crimes citados.
Martha é acusada de cometer crimes durante a prisão de três supostos envolvidos no caso Villela (Kleber Lima/CB/D.A Press).
Além de Martha, foram denunciados dois policiais civis, um deles braço direito da delegada à época em que ela estava à frente das investigações do triplo homicídio ocorrido em 28 de agosto de 2009, no Bloco C da 113 Sul. O ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, 73 anos, a mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva, 58, foram encontrados mortos com 73 facadas no imóvel do casal de advogados. As investigações ficaram marcadas por várias reviravoltas.
As denúncias se referem a crimes cometidos na época da prisão de Alex Peterson Soares, Rami Jalau Kaloult e Cláudio José de Azevedo Brandão. Em novembro de 2009, eles acabaram detidos como suspeitos na participação do triplo assassinato, mas foram soltos por falta de provas. Durante a apuração do caso, a delegada disse ter encontrado na casa de Alex e de Cláudio a mesma chave que abria uma das portas de serviço onde viviam as vítimas. Mas a própria Polícia Civil do DF admitiu meses depois que os objetos eram os mesmos recolhidos pelos investigadores no dia da localização dos corpos.