- Por Tony Zucco - A insatisfação dos usuários de transporte coletivo no Distrito Federal tem sido objeto de notícias na mídia.Isto é um sintoma de que a situação está chegando ao limite da paciência do cidadão. Enquanto os donos das empresas de ônibus fazem o que querem, a licitação prometida de novos ônibus permanece parada e o governador Agnelo e sua equipe de governo parecem somente se preocupar com os problemas de denúncias de corrupção.
A população do DF sente-se traída pelas propostas eleitorais que a chapa Agnelo/Filipelli - PT/PMDB apresentou e não cumpriu.Assista a matéria do BOM DIA DF de 18/05/2012:
Nove entre 10 usuários de ônibus estão descontentes com o transporte no DF
- Por Lilian Tahan/Correio Braziliense - Embora dependam de ônibus e metrô para atividades essenciais do dia a dia, como trabalhar e estudar, as pessoas usam o transporte público contrariadas.
A cada 10 que sobem em um coletivo, por exemplo, nove se mostram insatisfeitas. Consideram o serviço regular, ruim ou péssimo.
Para quem pega o metrô, a situação não é diferente. Apenas 5,6% acham a viagem ótima.
Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita realizada para subsidiar os trabalhos da recém-criada Comissão Especial de Transportes da Câmara Legislativa. O estudo ouviu 3.878 pessoas, das quais muitas relataram problemas de segurança, de tempo, de superlotação e de falta de conforto nas estações do Distrito Federal.
O levantamento será oficialmente apresentado na próxima sexta-feira e reúne dados sobre o perfil dos usuários do transporte público no DF.
Faz ainda um diagnóstico da percepção de quem depende dos meios coletivos para ir e vir.
A pesquisa apontou que praticamente 70% dos moradores da capital da República usam, em algum momento do dia, o ônibus, o micro-ônibus, o metrô ou mesmo o transporte pirata. Outras 31,2% se valem exclusivamente do carro particular para circular no DF.
Associado a outros meios, o uso do veículo próprio sobe para quase 40%, índice considerado alto em uma cidade com pouco espaço.
Em terminais rodoviários, é fácil encontrar um passageiro que tenha alguma história para contar sobre como a precariedade dos serviços afeta a vida dos usuários. O cozinheiro Nilton Silva do Nascimento, 31 anos, mora em São Sebastião e trabalha na Asa Sul. Segundo ele, todos os dias, no trajeto de casa para o trabalho, há um ônibus quebrado. Para evitar atrasos no serviço, sai de casa com duas horas de antecedência. “Preciso me antecipar à demora do próprio coletivo, que nem sempre passa na hora. Acho que pagamos muito caro para pegar ônibus lotados e até com goteiras”, reclama.