Em audiência da Caixa de Pandora na tarde de terça-feira (11/9), o juiz Álvaro Ciarlini pergunta para o deputado distrital Benedito Domingos (PP) o que ele tem a dizer sobre a denúncia em que é acusado de receber, junto ao filho, a quantia de R$ 6 milhões das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa. Em resposta, Benedito disse que quem tinha contato com Durval era o filho dele, Sérgio, com quem o irmão de Durval, Milton Barbosa, tinha contrato.
Benedito Domingos comentou que o filho tem uma empresa de eventos. Essa empresa foi alvo de inquérito policial e de ação de improbidade pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Benedito Domingos e o filho são acusados de fraude em licitação e formação de quadrilha.
Eles teriam beneficiado empresa familiar em contratos oficiais.
O promotor do Ministério Público Clayton Germano questionou o que Benedito fez entre os anos de 2003 e 2006. O deputado respondeu: "Fui cuidar dos meus negócios, garantir o mingau dos meninos".Benedito disse que, na campanha de 2006, foi procurado pelo deputado distrital Chico Vigilante para apoiar a distrital Arlete Sampaio e depois por Tadeu Filippelli para apoiar Abadia. Benedito disse ainda que foi procurado por Zé Humberto em nome de Arruda.
Do alto de sua experiência, são vários mandatos e outros tantos processos. Benedito Domingos procura esclarecer: "política é via de mão dupla. O governador precisa da gente e a gente do governador".
- Com informações de Lilian Tahan, do Correio Braziliense -
