O procurador Daniel Resende Salgado, do Ministério Público de Goiás (MPF-GO), requereu à Justiça que o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, seja condenado a 80 anos de prisão.
- Por Versanna Carvalho, do G1 GO - A informação foi confirmada ao G1 nesta segunda-feira (19) pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, que comanda o processo referente à Operação Monte Carlo na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia.
Carlinhos Cachoeira (Foto: Reprodução / TV Globo).
De acordo com o juiz, o procurador alega que Cachoeira teria cometido vários crimes de corrupção, de violação de sigilo e de quadrilha. Uma das supostas tentativas de corrupção do grupo de Cachoeira, teria sido cometida pela mulher do contraventor, Andressa Mendonça, e foi denunciada pelo próprio juiz no dia 30 de julho deste ano. Na ocasião, o magistrado afirmou ter sido chantageado em troca de um alvará de soltura para o companheiro.
Por outro lado, o juiz afirma que a defesa de Cachoeira busca a absolvição do homem citado pelo inquérito da Polícia Federal como o chefe da máfia dos jogos caça-níqueis em Goiás.
Segundo o juiz, o prazo para a defesa do contraventor apresentar as alegações finais do processo antes da proclamação da sentença da Justiça Federal termina nesta segunda. “Se a defesa se apresentar, terei 30 dias para decidir qual será a sentença para o réu”, explica Alderico Rocha Santos.
No entanto, o advogado de Carlinhos Cachoeira, Antônio Nabor Bulhões, contestou o prazo.
" O prazo terminaria hoje, mas o Ministério Público, que tinha cinco dias para se manifestar, levou 12 dias. De qualquer forma, apresentarei as alegações amanhã", disse o defensor.
Carlinhos Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro deste ano, desde que a Operação Monte Carlo se tornou pública.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do MPF-GO, que informou que se manifestará ainda nesta tarde por meio de um comunicado que deverá ser enviado à imprensa e publicado no site da instituição.