Às 11h45, a queda da Bolsa chegava a 3%; Braskem lidera as principais baixas do Ibovespa e recua 8,05%
- Do Estadão - SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu perto da estabilidade, mas não resistiu ao cenário externo cada vez mais cheio de preocupação. Às 11h45, a queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chega a 3%. Entre as ações que compõem o principal índice da Bolsa (Ibovespa), Braskem mostra a maior baixa, de 8,05%. As ordinárias (ON, com direito a voto) da Hypermarcas recuam 7,76% e da mineradora MMX, 7,45%. O dólar é cotado a R$ 1,5670, em queda de 0,06%.
"A bomba relógio está ligada" e o resguardo tende a prevalecer, afirma o gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti. "Existem receios com os problemas europeus (risco soberano e sistêmico), com uma provável estagnação da economia dos EUA (respigando na atividade global) e, ainda, os fatores internos."
Casotti avalia que o cenário de inflação e juros no Brasil parece já estar mais acomodado, mas as mudanças nas regras do jogo incomodam o investidor, sobretudo o estrangeiro.
Nessa quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a falar de medidas de proteção ao Brasil e disse que os países emergentes continuarão sofrendo as consequências da crise na Europa e nos Estados Unidos. Segundo ele, é preciso adotar medidas que coloquem um "cordão de isolamento" no País. Ele, no entanto, não quis responder sobre quais seriam essas medidas.