- Por Jorge Wamburg, repórter da Agência Brasil - As famílias brasileiras apresentaram leve aumento no otimismo, em outubro, com 64,7 pontos
O valor de 1,6 pontos foi superior ao apurado no mês de setembro e superior também ao apurado em outubro de 2010, quando marcou 63,4 pontos.
Este aumento é explicado pelo crescimento sobre as expectativas de consumo, situação da família e situação econômica, não sendo maior pela queda de quase 7 pontos no índice sobre a capacidade de pagamento das contas atrasadas.
Os dados são do Índice de Expectativa das Famílias (IEF), divulgado hoje, em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Novamente, segundo a pesquisa, a região Centro-Oeste apresentou alto índice de otimismo com a situação do país em várias áreas, tanto no curto (1 ano)quanto como no médio prazo (5 anos) e continua sendo a região mais otimista do país, com leve alta no mês de outubro, alcançando 75,5 pontos.
A região Norte apresentou um crescimento de confiança de quase 3 pontos, do mês de setembro (57,1) para o mês de outubro (60,0).
A região Nordeste teve crescimento de 2,8 pontos, apresentando em outubro, com uma expectativa de 66,4 pontos.
Ambas as regiões retomam o crescimento das expectativas, em relação à queda apresentada do mês de agosto para setembro.
Já as regiões Sul e Sudeste apresentaram queda do otimismo no IEF. A região Sul caiu de 63,9 pontos, em setembro, para 60,9 em outubro. A região Sudeste reduziu sua expectativa em 1,3 pontos, estacionando em 62,5 pontos no mês de outubro. A região Nordeste continua apresentando pouca confiança quanto ao mercado de trabalho, pressionando a média nacional para baixo.
O IEF é resultado de uma pesquisa mensal realizada em 3.810 domicílios de 214 municípios, em todo o Brasil. Para isso, é utilizado o método de amostragem probabilística de modo a garantir uma margem de erro de 5% a um nível de significância de 95% para o país e para as cinco grandes regiões. A escala de pontuação de expectativas das famílias compreende a seguinte dimensão no indicador: grande pessimismo, de 0 a 20 pontos; pessimismo, de 20 a 40 pontos; moderação, de 40 a 60 pontos; otimismo, de 60 a 80 pontos; e grande otimismo, de 80 a 100 pontos.
No mês de outubro, segundo o IPEA, as regiões Nordeste e Centro-Oeste demonstraram confiança para comprar bens de consumo duráveis, enquanto que as regiões Norte e Sul acreditavam não ser um bom momento para a compra destes itens.
Quanto às dívidas, a região Centro-Oeste mostrou um grande índice de famílias sem dívidas (83,2%). Ainda assim, a mesma região apresentou uma taxa de 45,5% das famílias com a expectativa de pagar as contas atrasadas em sua totalidade, com larga diferença em relação à segunda região com maior perspectiva, o Sul (18,7%).
Quanto à segurança no mercado de trabalho, a região Norte apresenta uma expectativa positiva, tanto para o responsável pelo domicílio (93,3%) quanto para os demais membros da família (98,0%). Enquanto isso, o Nordeste se mantém com o mais baixo índice de segurança no trabalho, com aproximadamente 30% das famílias considerando insegura a ocupação do responsável pelo domicílio. Sobre os demais membros da família, 42,4% acreditam que não estão seguros no trabalho.
Apesar da sensação de segurança no trabalho, a região Norte apresenta o mais baixo índice de expectativa de melhoria profissional para os próximos 6 meses, com apenas 13,3%, contrastando com a região Nordeste, que apresenta 50,1% de confiança para obter melhorias profissionais.