- Do Correio Braziliense - Os policiais civis do Estado de Goiás que atuam na região do Entorno do Distrito Federal permanecem em greve desde 21 de outubro
Nesta segunda-feira (7/11), eles fecharam as unidades da Central de Flagrantes da cidade de Luziânia-GO, a cerca de 60 Km de Brasília, e do Instituto de Medicina Legal (IML) da região. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), nenhum procedimento será feito nos dois locais nesta segunda.
O Sinpol-GO informou que 100% dos policiais do Entorno aderiram à greve, mas 30% do efetivo trabalha nas delegacias.O presidente do sindicato,
Silveira Alves, disse que
o governo de Goiás e a Secretaria de Segurança Pública do Estado ainda não deram respostas às reivindicações. "Enquanto não houver negociação, faremos assembleias permanentes entre os policiais civis para mostrar que a categoria continuará com a greve por tempo indeterminado", afirmou.
A categoria reivindica reajuste na gratificação por localidade, que hoje é de R$ 276, para R$ 800.
"O governo prometeu aumentar de R$ 276 para R$ 552 em setembro e de R$ 552 para R$ 800 em janeiro de 2012. No entanto, não cumpriu o acordo e agora só aceitaremos voltar ao trabalho quando a quantia exigida for entregue aos policiais", disse o presidente do Sinpol-GO. Eles exigem ainda a realização de um novo concurso públicos para três mil vagas, mudanças no processo de promoção automática, aumento no piso em 65% (passaria a ser de R$ 9.600 mil) ou reajuste para R$ 6 mil de forma inicial.
O Sinpol-GO ainda programou para esta semana novas manifestações em unidades do Entorno. "Na quarta-feira [9/11], não vai ter visitas nem banho de sol no presídio de Valparaíso-GO. Já na quinta-feira [10/11], não haverá visitas em todas as unidades do Entorno. Por fim, na sexta-feira [11/11], faremos uma panfletagem na BR-040 [que liga Brasília-DF ao Rio de Janeiro-RJ e passa por Belo Horizonte-MG] na altura da cidade de Valparaíso a partir das 7h", afirmou o presidente do sindicato.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que considera a greve ilegal, pois afirma que a situação do presidente do Sinpol-GO, Silveira Alves, é ilegítima, por ele não possuir registro no Ministério do Trabalho. Além disso, a pasta informou que o secretário João Furtado de Mendonça Neto, determinou que piquetes não sejam feitos nas entradas do IML e das delegacias, para não prejudicar os serviços públicos.
Por telefone, Silveira Alves rebateu a informação passada pela secretaria e informou que possui o registro no ministério.
O Sinpol-GO informou que a greve não atinge os policiais civis que atuam em outras regiões do Estado.