Portal do Grupo Estado cresceu 67% em relação a 2010 e se consolidou como um dos três maiores sites de notícias do Brasil
Com 106,5 milhões de visitas em dezembro, o site Estadao.com.br, do Grupo Estado, se consolidou em 2011 como um dos três maiores sites de notícias do País, superado apenas por Globo.com e UOL, que também são portais de acesso e serviços. A estatística é da pesquisa Ibope-Nielsen Online, que mede a audiência de internet no Brasil desde 2000.
"O crescimento mostra a relevância do conteúdo e a percepção que nossos leitores têm da profundidade de nossas coberturas jornalísticas", afirma o diretor de estratégia corporativa do Grupo Estado, José Papa Neto.
O Estadão começou o ano em quarto lugar no ranking de audiência do Ibope-Nielsen Online. Mas, com o passar dos meses, sua audiência cresceu até se consolidar no terceiro lugar a partir de outubro.
Economia
A audiência do portal foi maior que em 2010 durante todos os 12 meses do ano, segundo avaliação do Google Analytics, serviço que oferece estatísticas de visitação de sites. Já em janeiro do ano passado, a audiência medida apresentava 30% de evolução sobre janeiro de 2010.
Esse porcentual de alta cresceu para 57% em fevereiro, 58% em março, 81% em abril e alcançou 92% em agosto, o mês de melhor desempenho. Na média dos 12 meses, o crescimento foi de 67% em relação a 2010.
Um dos sites do portal que mais colaboraram com o aumento de audiência foi o Economia & Negócios. "No acumulado do ano, tivemos uma alta de 55% na audiência", diz Claudia Belfort, editora-chefe de conteúdos digitais.
O número de page views do site vinha apresentando crescimento consistente desde o início de 2011. Mas, em agosto, a audiência deu um salto de aproximadamente um terço: era a turbulência econômica internacional, que ganhou contornos dramáticos depois do rebaixamento dos Estados Unidos pela agência Standard & Poor’s (S&P). O país perdia a classificação máxima concedida pelas agências, o chamado triplo A.
A notícia caiu como uma bomba nos mercados financeiros, com perdas generalizadas nas bolsas no mundo todo. Na contramão, o Brasil teve sua nota de crédito elevada pelas três principais agências (além da S&P, a Fitch e a Moody’s).
E o Economia & Negócios conseguiu manter a audiência extra ao longo dos últimos meses do ano. "Isso mostra que o leitor percebe a qualidade do conteúdo exclusivo", afirma o diretor Papa Neto.
Picos de audiência
Grandes coberturas de fatos relevantes de 2011 também atraíram leitores. O primeiro grande pico de audiência do ano - a alta de 81% registrada em abril na comparação com o mesmo mês de 2010 - ocorreu por causa de outras duas grandes coberturas que marcaram o ano.
Uma foi a tragédia das 12 crianças mortas por Wellington Menezes de Oliveira, no dia 7 de abril, numa escola de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. A segunda foi o casamento do príncipe William com Kate Middleton, 30 anos depois do casamento entre Charles e Diana, em Londres.
A invasão da reitoria da Universidade de São Paulo e a queda de Silvio Berlusconi, o polêmico primeiro-ministro da Itália, alavancaram a audiência em novembro, outro grande pico registrado no ano, com elevação de 78% em relação a novembro de 2010.
O site do Jornal da Tarde, que apresentou aumento na audiência de 65%, e ainda o lançamento do portal Estadão PME, dedicado às pequenas e médias empresas, em julho, também foram fatores que ajudaram a catapultar a popularidade do Estadão na internet.
Redes sociais
Facebook, Twitter e outras redes sociais se tornaram em 2011 um grande meio para trazer novos leitores para os sites do Estadão. "Muitos usuários dessas redes comentam, curtem ou seguem notícias publicadas pelo Estadão na internet. As pessoas que fazem parte da rede desses usuários acabam se interessando pelo conteúdo compartilhado e por meio dele chegam ao site", explica Belfort.
A entrada desses novos leitores por meio das redes sociais dobrou em 2011, segundo ela.
A pesquisa do Ibope Nielsen Online utiliza o método de amostragem para medir os hábitos de navegação na internet.
Além do Brasil e dos Estados Unidos, a pesquisa de audiência de internet é realizada com a mesma metodologia também no Japão, Austrália, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Suíça.