- Por Jorge Wamburg, repórter da Agência Brasil - A mortalidade infantil no Distrito Federal tem diminuído, de acordo com a pesquisa Situação Social Nos Estados, realizada na capital do país pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e hoje divulgada, em Brasília. Em 2001, a taxa (mortes infantis por mil nascidos vivos) era de 15,2 e caiu para 11,1 em 2007.
Considerando esses valores, o DF se encontra em situação favorável, relativamente aos contextos nacional e regional. No Brasil, os patamares de mortalidade infantil são mais altos: 26,3 em 2001 e 20 para cada mil nascidos vivos em 2007. O mesmo se dá na comparação com a região Centro-Oeste, onde as taxas foram de 20,7 e 16,5 para cada mil nascidos vivos, em 2001 e 2007, respectivamente.
Outro indicador considerado na pesquisa do IPEA é a taxa de homicídio masculina (número de mortes por 100 mil habitantes), para a faixa etária de 15 a 29 anos. No caso do Brasil, ela caiu de 101,4 em 2001 para 94,3 em 2007. O Distrito Federal também apresenta tendência de queda, apesar de seus índices se destacarem por serem bem mais elevados (130,1 em 2001 e 120,9 em 2009) que os nacionais e os regionais. No Centro-Oeste,
esse tipo de violência segue trajetória de ascensão, ainda que em patamares mais baixos que os exibidos no Distrito Federal (89,8 e 96,5, em 2001 e 2007, respectivamente).
A pesquisa do IPEA sobre a situação social no Distrito Federal também constatou que a taxa de desemprego na capital federal tendeu a cair ao longo da década, mas seus patamares são bastante superiores aos do Centro-Oeste e do Brasil. Em 2001, ela era
de 14,1%, tendo caído para 11% em 2009. No Centro-Oeste, essas taxas foram de 8,5% em 2001 e de 7,6% em 2009; para o Brasil, as taxas ficaram em 9,2% e 8,2%, respectivamente.
Com relação à qualidade dos postos de trabalho, particularmente no que se refere à remuneração, o Distrito Federal encontra-se em situação favorável, relativamente
às médias nacional e do Centro-Oeste. O rendimento médio do trabalho no Distrito Federal foi de R$ 1.815,29 em 2001 (no Brasil, essa média foi de R$ 1.039,41 e, no Centro-Oeste, de R$ 1.124,28) e em 2009, no DF, aumentou para R$ 2.245,95 (Brasil: R$ 1.116,39; Centro-Oeste: R$ 1.326,09).
Essa situação de vantagem se reproduz quando se analisa a zona rural. No Distrito Federal, os pesquisadores do IPEA constaram que o rendimento do trabalho rural era de R$ 1.160,01 em 2001 e de R$ 1.013,68 em 2009. Há defasagem de rendimentos em relação aos trabalhadores urbanos, no próprio Distrito Federal. Entretanto, mesmo com a queda que sofreram no período, esses rendimentos
rurais superam bastante seus correlatos nacionais (R$ 488,46 e R$ 625,45) e do Centro-Oeste (R$ 670,80 e R$ 845,11), naqueles anos.
O Distrito Federal tem escolaridade, medida pela média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais, superior à do Centro-Oeste e à nacional em todos os anos, de 2001 a 2009. Nessa unidade da Federação, essas médias são de 8,2 e 9,6 anos de estudo, enquanto, para a região, elas são de 6,5 e 7,9 anos e, para o país, de 6,4 e 7,5 anos, respectivamente.
Entretanto, se considerarmos o crescimento de ponta a ponta no período, nota-se que o Distrito Federal teve desempenho (16,9%) inferior ao nacional (18,7%) e ao do Centro-Oeste (20,6%). A população rural do Distrito Federal encontrava-se, em 2009, com escolaridade de 7,2 anos de estudo.