- Do Correio Braziliense -
Evento mundial na área de robótica premia protótipo de jovens brasilienses
André Leite (E), Armindo Jreige, Joaquim Silveira, Lucas Castro e Rafael Martins venceram 32 grupos
Estudantes brasilienses conquistaram um título inédito para o país e trouxeram para a capital federal o troféu do 16° Mundial de Robótica na madrugada de ontem.
A equipe chamada
Andrômeda Fênix montou um protótipo que conseguiu vencer vários obstáculos e diferentes percursos montados pela organização do evento.
Por apresentar mais segurança e praticidade, além da precisão no reconhecimento de vítimas, cinco alunos do Colégio Mackenzie de Brasília conquistaram o primeiro lugar na RoboCup 2012. A disputa final foi realizada na Cidade do México na semana passada, entre os dias 18 e 24.
O momento posterior a grandes desastres sempre preocupa os comandantes das buscas por representar risco também para quem trabalha no resgate das vítimas. A equipe brasileira competiu na categoria Rescue, ou resgate, que pretende promover pesquisa e desenvolvimento de agentes robóticos no salvamento e todo o domínio que envolve o uso dessas máquinas.
André Leite Santos, 17 anos; Armindo Jreige Júnior, 16; Joaquim Silveira 13; Lucas Mateus Castro, 13; e Rafael Ferreira Martins, 13, derrotaram 32 grupos de países diferentes que participaram do campeonato nessa área.A caminhada teve início em agosto do ano passado. O primeiro passo foi a disputa regional — quando a equipe brasiliense ficou em 2° lugar —, seguiu então para a Olimpíada Brasileira de Robótica de 2011, onde repetiram a colocação, e aí conseguiram vaga no mundial. Na primeira etapa desse campeonato, as equipes concorreram de forma individual. Dos 32 grupos, 12 se classificaram para a final. Nessa fase, a organização sorteou as equipes para trabalharem em duplas. Os brasileiros conquistaram o primeiro lugar junto aos competidores da Alemanha.
O Andrômeda Fênix tem dois sensores de luz e dois de ultrassom
Modelo leveA concentração e o esforço para vencer as etapas fizeram o grupo merecedor do troféu.
A coordenadora de informática e robótica do colégio, Lucilene Lopes Campanholo, acompanhou os adolescentes na viagem. “O diferencial deles é que eles vão até o limite. Dormiam só duas horas por noite, comiam quando e se desse, treinavam até a arena fechar e, quando chegavam ao hotel, viravam o tapete e faziam os desenhos do percurso para treinar mais”, conta a professora. A cada rodada, as equipes tinha oito minutos para programar o robô e colocá-lo para executar a prova.
Para participar da disputa regional, os estudantes, em equipe com formação diferente da atual, decidiram montar um protótipo há algumas horas antes do fim do prazo de inscrição. Em oito horas, eles construíram o exemplar. “Eu faço robótica desde o 9° ano e tinha comprado um kit próprio, então já tinha experiência no tema e em competições. Fizemos algo simples, mas que funcionou”, explica Armindo Jreige, que este ano completa o ensino médio. O modelo foi aperfeiçoado para a etapa seguinte.