Brasília terá um centro de treinamento com equipamentos de última geração para atender as delegações que escolherem a cidade para concluírem sua preparação e fazerem a aclimatação com vistas às Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
- Por Jorge Wamburg - Os jogos Olímpicos serão disputados entre os dias 5 e 21 de agosto e as Paralimpíadas serão no mês seguinte, entre 7 e 18 de setembro.
De acordo com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que se reuniu hoje com o presidente da Autoridade Pública Olímpica, Márcio Fortes, no Palácio do Buriti, a capital do país estará preparada para ser uma das quatro cidades que sediarão jogos de futebol feminino e masculino antes da abertura oficial das Olimpíadas no Rio de Janeiro, em junho de 2016, quando já estará em funcionamento o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), novo meio transporte que será construído na cidade, ligando o Aeroporto Juscelino Kubitschek ao final da Asa Sul, e que foi retirado da lista de obras para a Copa de 2014 devido a problemas de licitação.
O Centro de Treinamento Olímpico do GDF custou R$ 11 milhões, segundo o governador, e funcionará nas dependências do Corpo de Bombeiros, no Setor Policial Sul. Ele já começará a ser utilizado na Copa das Confederações, que será realizada de 15 a 30 de junho deste ano, pela seleção brasileira, e depois também na Copa do Mundo de 2014, que terá em Brasília uma das nove cidades-sedes, com todos os jogos no Estádio Nacional Mané Garrincha, cujas obras estão em fase de conclusão.
Márcio Fortes, por sua vez, se disse satisfeito com os preparativos do governo local, e informou que, além preparar instalações esportivas e a infraestrutura da cidade para 2016, o governo do Distrito Federal deverá elaborar ato legislativo para se adequar à lei 12.035/2009, que instituiu o Ato Olímpico no âmbito da administração pública federal, de modo a definir suas responsabilidades nos eventos que terão lugar na cidade.
O Ato Olímpico teve a finalidade de assegurar garantias à candidatura da cidade do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e de estabelecer regras especiais para a sua realização.
O presidente da Autoridade Pública Olímpíca disse que essa participação não se limita às competições esportivas, mas envolve todo um conjunto de medidas que compõem o legado das Olimpíadas para a população, em áreas como transporte, meio ambiente, acessibilidade, mobilidade urbana e outros. Segundo ele, Brasília não terá qualquer problema para ser uma das quatro subsedes do futebol olímpico (as outras serão Belo Horizonte, Salvador e São Paulo), já que o governador conhece a área (foi ministro do Esporte) e está comprometido com o projeto olímpico.
Uma das principais preocupações do presidente da Autoridade Olímpica é com o setor de energia elétrica, pois, como ressaltou, não pode faltar energia durante a realização das competições. Mas Agnelo Queiroz garantiu que os investimentos do governo local nesta área “são muito grandes e superam até as necessidades previstas para as Olimpíadas, pois são dimensionados para atender às exigências da cidade”.