- Do UOL Esporte - Teixeira está sob investigação por não enviar documentos de repasses ao Maranhão.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol está sob investigação da policia do Maranhão, por se negar a fornecer informações bancárias de repasse à Federação Maranhense de Futebol . A promotora Lítia Cavalcante suspeita que o presidente da FMF, Carlos Alberto Ferreira, tenha cometido crime de lavagem de dinheiro e desvio de verba pública, usando parte dos repasses feitos pela CBF, em 2010.
Na opinião do advogado da CBF, Carlos Eugênio Lopes, Ricardo Teixeira nada tem a ver com a investigação feita pela MP maranhense.
“Tudo o que foi pedido pela promotora nós enviamos. Só não temos os recibos em papel dos repasses feitos”, explicou o advogado. “Não temos porque essas operações são feitas digitalmente, ninguém vai ao banco para isso. Pegamos as planilhas dos repasses e atendemos a promotora, mas parece que ela não aceitou”.
De fato,
a promotora pede o enquadramento de Ricardo Teixeira por descumprir determinação do MP em investigação criminal.
Em ofício, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão recebeu o pedido de abertura de inquérito, na terça-feira (09/08).
Os documentos iniciais estão sobre a mesa do delegado Augusto Barros, que conversou com UOL Esporte, por telefone. “ Até sexta-feira vamos abrir o inquérito policial, começando pela intimação do presidente da Federação Maranhense.
A promotora colocou a investigação sob sigilo de Justiça.
A promotora pede investigação sobre Ricardo Teixeira porque ele não enviou os documentos bancários de repasse à federação maranhense.”, explicou o delegado Augusto Barros.
O caso ganhou publicidade porque
o presidente da FMF se negou a fornecer qualquer informação sobre o uso do dinheiro repassado pela CBF. Segundo a promotora,
há uma diferença de R$ 80 mil no balanço publicado pela entidade maranhense, referente a 2010.
No mesmo balanço, aparecem dois lançamentos de “doação” feitos pela CBF: R$ 320 mil e R$ 240 mil. A promotora suspeitou dessa diferença de R$ 80 mil no mesmo balanço, mas o dirigente maranhense Carlos Alberto Ferreira se negou a explicar o fato, alegando que só iria se manifestar “sob ordem judicial”.
Temendo ser preso, Carlos Alberto Ferreira entrou com pedido antecipado de habeas corpus no Tribunal de Justiça. O dirigente alegou que o MP local não tinha poder para investiga lo. Na terça-feira, o TJ negou o pedido.
"Soubemos que o Tribunal de Justiça negou o habeas corpus preventivo e, agora, vamos iniciar a investigação criminal”, explicou o delegado encarregado do caso, Augusto Barros.