- Da Redação com informações do O Popular - A cena política de Goiás volta a esquentar com a divulgação de vídeos em que o deputado federal Rubens Otoni (PT) trata de doação de campanha com o empresário Carlinhos Cachoeira, preso na semana passada na Operação Monte Carlo.Carlinhos Cachoeira, preso na semana passada em uma operação da Polícia Federal contra jogos de azar, abasteceu o caixa dois da campanha do petista Rubens Otoni em Goiás.
É o que revelam dois vídeos que circulam desde o início da semana entre políticos de Goiás com o flagrante de uma conversa entre o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) e o bicheiro.
Os vídeos, que totalizam um minuto, foram divulgados pelo blog de Lauro Jardim, da revista Veja.
No primeiro, Cachoeira diz que já passou R$ 100 mil e voltará a dar a mesma quantia. "Como toda campanha eu te dou", diz.Já no segundo vídeo, o empresário afirma que não pode aparecer.
"Os R$ 100 mil você não declara, não", diz. "Claro, não, não, não, claro que não", responde o petista.De fato, tal quantia nunca foi declarada ao TRE por Otoni.
Procurado, Otoni afirma que a conversa filmada aconteceu em 2004, quando lançou-se candidato a prefeito de Anápolis (GO). Na ocasião, o petista conta que lideranças políticas e empresariais de Goiás o procuraram para ajudar Cachoeira a reerguer a Vitapan, sua empresa de produtos farmacêuticos.
Como não ajudou Cachoeira durante aquele período, Otoni diz que virou desafeto do bicheiro. Há anos, o petista diz ser chantageado com a possibilidade de divulgação dos vídeos.
Sobre o dinheiro oferecido para a campanha, no entanto, o deputado não esclarece porque aparece no vídeo aceitando a oferta do bicheiro.- Não recebi um real dele. Isso é perseguição.
Na semana passada, uma investigação da PF revelou grampos com conversas do bicheiro com vários políticos. Entre eles,
Demóstenes Torres (DEM/GO), que tem 300 horas de diálogos com o biheiro gravados.
Em entrevista à CBN Goiânia na manhã de hoje, Otoni disse que é bom que os vídeos tenham sido divulgados. "Estou achando até bom que isso apareça como forma de esclarecimento e de uma vez por todas isso não tem como mais ser utilizado. Desde 2004, sou perseguido e ameaçado por não ter ajudado. Já usaram isso em 2006, 2008 e 2010, em panfletos, matérias de jornal, DVDs. Sou vítima desse processo", disse.
Veja o blog de Lauro Jardim:http://bit.ly/zdQVkZ