Policiais de Goiás retomam hoje paralisação encerrada em 29 de agosto
A alegação é de que o governo estadual não cumpriu o prometido.
Secretaria de Segurança avisa que descontará dias parados.
- Por Clara Campoli, do Correio Braziliense - Recomeça hoje a greve da Polícia Civil de Goiás, que abrange
19 municípios e 26 delegacias do Entorno. Cerca de 400 agentes e escrivães da região devem aderir à paralisação, e a atividade policial será reduzida a 30%.
O Instituto Médico Legal (IML) também participa do movimento nos trabalhos realizados em conjunto com a força policial. Uma reunião do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás será realizada hoje, às 10h, para decidir as diretrizes do movimento.
A greve começou em julho de 2012 e, depois de 49 dias paralisados, os policiais civis de Goiás decidiram retomar o trabalho em 29 de agosto.
A categoria reivindica aumento salarial.
Com a promessa de reestruturação da carreira e um plano de bônus salarial, eles decidiram suspender a paralisação.
“Estamos retornando a greve agora, uma vez que o governo não cumpriu o acordo que foi inicialmente acertado com o governador”, explicou o agente Silveira Alves, presidente do Sindicato.
A partir de amanhã, em Goiás, apenas ocorrências de crimes hediondos e de flagrantes serão registradas. Atualmente, o salário dos agentes e peritos goianos é de R$ 2,9 mil. O que eles querem é o mesmo reajuste que os delegados receberam, o que aumentaria os ganhos deles para R$ 7.250, em início de carreira.
Segundo a SSPJ, os projetos de lei foram encaminhados à Procuradoria-Geral do Estado e tramitarão normalmente na Assembleia Legislativa agora que o período eleitoral se encerrou.
O Estado promete cortar os pontos dos profissionais que não trabalharem, pois existe uma decisão judicial sobre a ilegalidade da greve e, no acordo firmado com o governo, as categorias se comprometeram a repor as horas paradas anteriormente.
Agentes e escrivães prometem radicalizar nesta nova paralisação, com delegacias de portas fechadas por períodos de 12 horas, inviabilizando registros até de flagrantes.