Ele participou nesta manhã do lançamento da campanha “Eleições Limpas”, promovida pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), que tem como lema “Não vendo meu voto”. A campanha é feita em parceria com o próprio TSE.
Lewandowski classificou a Lei da Ficha Limpa como um critério de seleção e não como uma punição a quem vai perder a oportunidade de disputar a eleição. Ele comparou o caso com o de pessoas que tem problemas com serviços relativos ao crédito.
"A Lei da Ficha Limpa não traz nenhuma sanção. Ela simplesmente estabelece as condições que o candidato deve ter no momento do registro de sua candidatura. Quando nós formos fazer uma compra a crédito, se tivermos nosso nome no serviço de proteção ao crédito, nós também não podemos comprar até regularizar a situação”, afirmou o presidente do TSE.
Ele destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá ainda analisar aspectos da lei, mas disse não esperar por mudanças profundas em relação à decisão do TSE de aplicar a lei imediatamente. “Um ou outro ponto poderá ser discutido, questionado e até derrubado no Supremo Tribunal Federal, Mas eu espero que não”.
O ministro afirmou que o TSE vai fazer sessões extraordinárias para acelerar os julgamentos sobre registros de candidatura. Ele admitiu, no entanto, que pode haver candidatos concorrendo “sub judice”.
“Estamos preparados para dar maior celeridade a esses julgamentos. Vamos, inclusive, fazer sessões extraordinárias a partir da semana que vem. Agora, o fato de, eventualmente, alguém tomar posse e exercer mandato sub judice, faz parte do cotidiano da Justiça Eleitoral. É recorrente que alguém concorra com uma liminar, seja diplomado e venha a ser cassado posteriormente, faz parte da legislação eleitoral”, afirmou.