Adiamento reacende debate sobre a escolha dos Rafale, como pretendia Lula.
- Do Jornal de Brasilia - O novo adiamento determinado pela presidente Dilma Roussef sobre a decisão do caça que futuramente equipará a Força Aérea Brasileira poderia indicar o desgaste e o enfraquecimento do ministro Nelson Jobim (Defesa), mas acabou tornando-se benéfico para o País. Não somente porque se reacende o debate sobre o melhor avião, como abre a possibilidade de a decisão ser diferente daquela que vinha sendo dada como certa – a escolha dos Rafale, franceses. Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Antonio Ramalho, "não resta dúvida" de que a melhor opção é pelo sueco Gripen. "É mais ágil, mais econômico, o que significa que vamos poder treinar os pilotos por mais horas de voo, ter mais número de missões", justifica o professor, especialista em defesa nacional. Não por coincidência, a preferência da FAB também é pelo caça desenvolvido pela sueca Saab. Ramalho considera o Rafale "obsoleto", com um "pacote fechado" de tecnologia e manutenção cara. Já o F-18, na avaliação do especialista, apesar de mais barato, possui "limitações técnicas".