Empréstimo Consignado - BMG parte para o ataque
Aquisição dos bancos Schahin e Morada reforça a estratégia do banco mineiro nos empréstimos consignados.
Ricardo Guimarães, presidente do banco mineiro BMG, é um executivo apaixonado por futebol – chegou a presidir o Atlético Mineiro no início da década. Depois de alguns anos na retranca, pressionado pela marcação cerrada dos escândalos do mensalão e da disputa homem a homem pelo crescimento nos empréstimos consignados, o BMG voltou à ofensiva com a compra dos bancos Schahin, de São Paulo, e Morada, do Rio de Janeiro, no mesmo dia, segundo um executivo familiarizado com os negócios. Ricardo Guimarães: saindo da retranca no consignado
Os dois bancos adquiridos são instituições pequenas. As aquisições farão o BMG subir algumas posições na tabela, mas não o suficiente para chegar à primeira divisão do mercado financeiro do País. Somados, os ativos são pouco inferiores a R$ 15 bilhões, colocando o banco em 19º lugar na classificação do Banco Central (BC).
Os movimentos do BMG deverão ser os primeiros de uma série, numa retomada do processo de concentração do setor. Depois da quase quebra do PanAmericano, os bancos de pequeno porte, que viviam de fazer empréstimos e vender essas carteiras de crédito para instituições financeiras maiores, passaram a enfrentar dificuldades. A situação do Schahin era a mais séria.
De acordo com os dados do BC, em 2010 o banco paulista teve um lucro de apenas R$ 366 mil e seu índice de Basileia era inferior aos 11% exigidos pelo BC. “Eles não conseguiam vender seus empréstimos e começaram a ficar com o caixa apertado”, diz Erivelto Rodrigues, sócio da consultoria Austin Asis. “Outros bancos que operam nesse mercado deverão procurar associações.” Até a noite da quarta-feira 13, os bancos Schahin e Morada não haviam comentado o assunto. Procurado, o BMG não deu entrevista.Fonte http://www.istoedinheiro.com.br/noticias- Cláudio Gradilone