- Da Folha.com - A enfermeira Camila de Moura, 22, suspeita de arremessar e matar um cão da raça yorkshire foi multada em R$ 3.000 pelo Ibama por maus-tratos contra um animal
A enfermeira Camila Correa Moura agrediu e matou o cãozinho.
As agressões, que aconteceram em novembro, foram filmadas e ganharam notoriedade na semana passada, quando acabaram sendo divulgadas na internet.ATENÇÃO: IMAGENS FORTES!Assista ao vídeo que mostra maus-tratos contra yorkshire em GO:
O vídeo a seguir, divulgado no site da ONG O Grito do Bicho, mostra o cachorro da raça yorkshire que foi vítima de maus-tratos na cidade de Formosa (GO).
As imagens abaixo foram feitas pela empresária Vera Lúcia Maria da Silva, 36, que também foi responsável por postar a denúncia de maus-tratos gravadas por seu cunhado.
Na semana passada, imagens do cão sendo agredido pela dona --uma enfermeira de 22 anos-- foram divulgadas na internet.
Segundo Vera, as novas imagens foram gravadas por volta das 14h do dia 13 de novembro, durante a chegada de policiais militares e do corpo de bombeiro para atender a denúncia.
Quando a equipe chegou, eles encontraram o animal desacordado, deixado na grama de uma área comum do prédio. Ainda segundo a empresária, todas as imagens foram entregues aos policiais.
Um inquérito policial foi aberto no dia 21 de novembro. Segundo o delegado Carlos Firmino Dantas, do 1º DP de Formosa, o cachorro morreu em decorrência dos maus-tratos.
Segundo o IBAMA, a multa foi entregue à enfermeira durante a manhã, enquanto ela prestava depoimento numa delegacia de Formosa (GO), onde um inquérito por maus-tratos foi aberto.
Ainda de acordo com o Ibama, o valor aplicado foi o máximo previsto para casos de maus-tratos a animais domésticos. Moura tem até 20 dias para apresentar sua defesa.
Caso escolha pagar a multa, ela poderá conseguir um desconto de 30% no valor total. Se resolver apelar da multa, o processo administrativo por crime ambiental, que independe do resultado da investigação policial, será novamente analisado pelo órgão.
Hoje, após prestar depoimento, a enfermeira falou pela primeira vez à imprensa e disse estar "arrependida".
"Foi um fato isolado. Aquele dia eu cheguei em casa nervosa. A cachorrinha tinha feito xixi e cocô em tudo, em cima do ar-condicionado. Não tive noção do que estava fazendo", disse Moura em entrevista a TVs locais.
Segundo a polícia, por causa das agressões, Moura pode responder por maus-tratos e por expor uma criança ao constrangimento --as agressões foram testemunhadas pela filha de dois anos da enfermeira.
Após a divulgação do vídeo, no dia 15 de dezembro, as agressões provocaram uma avalanche de mensagens de repúdio em redes sociais. Algumas delas, bastante agressivas, divulgaram dados pessoais, incluindo o telefone e endereço da mulher.
Outras mensagens, que incluíam petições on-line, pediram a cassação do seu registro de enfermeira junto ao Coren de Goiás (Conselho Regional de Enfermagem).O Conselho divulgou nota em seu site afirmando que lamenta as agressões contra o animal. No entanto, a entidade afirma que não pretende abrir investigação contra a enfermeira.
"O campo de atuação de investigação e qualquer tipo de punição por parte do Coren Goiás estão estritamente ligados a infração cometida no exercício profissional", diz a nota.