- Do G1 -
Agência analisou 4.682 reclamações de beneficiários entre março e junho
Das 1.016 empresas médico-hospitalares, 162 tiveram algum problema.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta terça-feira (3) o resultado de uma pesquisa feita entre 19 de março e 18 de junho para acompanhar o cumprimento dos prazos máximos de atendimento pelos planos de saúde do país. Essa garantia, estabelecida em dezembro do ano passado, deve abranger consultas, exames e cirurgias. A agência faz esse monitoramento a cada três meses, e desta vez se baseou em 4.682 reclamações feitas por usuários.
Quarenta operadoras se encaixam no critério de suspensão das atividades, o que já está sendo analisado pela ANS.Das 1.016 empresas médico-hospitalares em atividade no Brasil, 162 receberam pelo menos uma queixa. Destas, 82 ficaram acima da média de reclamações, considerando o porte e o tipo de atenção prestada. Entre as 370 operadoras odontológicas, duas tiveram problemas.Nesse acompanhamento, a ANS constatou que 105 planos apresentaram queixas em dois períodos de avaliação. Assim que efetivadas as suspensões, as medidas administrativas serão divulgadas para as operadoras e, em seguida, para o público em geral.
Multas e medidas administrativas
As operadoras de saúde que não cumprem os prazos definidos pela ANS estão sujeitas a multas de R$ 80 mil ou R$ 100 mil, para situações de urgência e emergência.Em caso de descumprimentos constantes, os planos podem sofrer medidas administrativas, como a suspensão da comercialização de parte ou de todos os seus produtos e até a possibilidade de afastamento dos dirigentes da empresa.
Por isso, o consumidor deve prestar atenção. Após tentar agendar o atendimento com os profissionais ou estabelecimentos de saúde credenciados e não obter sucesso dentro do prazo máximo previsto, deve entrar em contato com a operadora para uma alternativa. Nesse contato, a pessoa deve anotar o número de protocolo, que servirá como comprovante da solicitação.
Se a operadora não oferecer solução, o consumidor deverá, tendo em mãos o número do protocolo, fazer a denúncia à ANS por meio de um dos canais de atendimento:
Disque ANS (0800 701 9656) Central de Relacionamento no site da agência ou ainda, presencialmente, em um dos 12 núcleos da ANS nas principais capitais brasileiras.