Os consumidores que pagam por planos de saúde devem ficar em alerta.
Médicos de todo o país prometem tornar oficial o que já fazem informalmente: recusar o recebimento de convênios entre 10 e 25 de outubro, como forma de exigir aumento nos honorários e gritar contra o calote de várias operadoras.
- Por Bárbara Nascimento, do Correio Braziliense - Atualmente, os profissionais orientam os atendentes de seus consultórios particulares a privilegiarem os clientes que pagam as consultas à vista. Com isso, quem não pode arcar com despesas que chegam a R$ 1 mil, precisa esperar até quatro meses para receber atendimento.
Segundo os médicos, da mesma forma que tratam mal os consumidores, os planos de saúde abusam da mão de obra e se recusam a negociar reajustes nas tabelas de preços de serviços prestados. Eles garantem, porém, que a pressão sobre as operadoras não impedirá o atendimento nas emergências dos hospitais, até como forma de não transformarem o movimento em um ato que jogue a opinião pública contra eles.
“Queremos o apoio dos beneficiários dos planos. Sabemos que as duas pontas, nós, os médicos, e os consumidores, somos o lado fraco da moeda”, disse um representante da categoria que pediu anonimato.