Estudantes, trabalhadores, empresários, lideranças políticas, acadêmicos e representantes de movimentos sociais e ambientais decidiram criar, durante encontro em Brasília (DF) neste sábado 16/2, um novo instrumento político para defender a sustentabilidade e aprofundar a democracia no Brasil.
#rede, nome escolhido por aclamação pelos presentes, será uma alternativa aos partidos hoje existentes, que vivem exclusivamente da disputa do poder pelo poder.Mais de 1.500 pessoas estiveram presentes ao encontro, entre elas as ex-senadoras
Marina Silva e
Heloísa Helena e os parlamentares
Walter Feldman (PSDB-SP),
Domingos Dutra (PT-MA),
Ricardo Young (PPS-SP) e
Jefferson Moura (PSOL-RJ). O deputado federal
Alfredo Sirkis (PV-RJ) foi representado por Sérgio Xavier, secretário de Meio Ambiente de Pernambuco.
O encontro aprovou o Estatuto da
#rede, que tem entre seus pilares a transparência nas decisões e na gestão do partido, o fortalecimento dos processos democráticos internos e a valorização da diversidade de pensamento.
A
#rede incorpora inovações que ajudarão a transformar o sistema político brasileiro. Uma delas é a reserva de 30% das vagas nas eleições proporcionais para candidaturas independentes, destinadas a cidadãos não filiados que representem movimentos e causas relevantes para o País.
Outra novidade é a limitação do número de mandatos parlamentares consecutivos. Para estimular a renovação e o surgimento de novas lideranças, será permitida apenas uma reeleição dos parlamentares da
#rede para o mesmo cargo. Por meio de plebiscito interno poderão ser abertas exceções a essa regra.
Nas campanhas eleitorais, não serão aceitas doações de empresas dos setores de bebida alcoólica, cigarro, arma e agrotóxicos, por não estarem de acordo com os valores e princípios da #rede. Será estabelecido um teto para doações de pessoas físicas e jurídicas. O estatuto incorporou sugestão feita pelo senador
Eduardo Suplicy (PT-SP) para que as doações sejam divulgadas em tempo real por meio da Internet.
Dez anos após o registro na Justiça Eleitoral, será feita consulta aos filiados a respeito do rumo e da continuidade ou não da existência do partido.
O estatuto determina ainda que apenas pessoas com fichas limpas poderão assumir funções diretivas dentro da
#rede. Haverá monitoramento e controle social independentes dos posicionamentos e das práticas da
#rede feitos por um
Conselho Político Cidadão Nacional. Ele será composto por militantes de movimentos sociais e ambientais, representantes de povos e populações indígenas, cientistas e instituições de pesquisa.
Para cumprir as determinações legais e obter o registro da Justiça Eleitoral, a
#rede promoverá uma campanha para obter 500 mil assinaturas de eleitores por todo o Brasil. A Internet terá um papel importante no esforço para atingir esse objetivo. Pelo site
www.brasilemrede.com.br, os internautas podem baixar fichas para coleta de assinaturas. O objetivo é incentivar simpatizantes a manifestar seu apoio e conseguir a adesão de parentes, amigos e colegas de escola e de trabalho, além de estimular ações em espaços públicos.
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