- Do G1 DF -TV Globo divulgou conversa dele com pivô de suposto desvio de verbas
Governador do DF disse que já vinha pensando em 'fazer aperfeiçoamento'.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, negou nesta sexta-feira (4) que a troca no comando da Polícia Civil do Distrito Federal foi motivada por vazamento de escutas que mostram uma relação próxima entre ele o policial militar João Dias. O PM foi autor de denúncias de suposto esquema de corrupção que levaram à saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte.
“Já vinha pensando em fazer esse aperfeiçoamento e foi tudo feito. Não tem nada a ver isso, a troca com um vazamento de alguma coisa”, disse o governador.
O Diário Oficial desta quinta também apresentou a exoneração de 43 delegados-chefes e sete diretores de departamento da Polícia Civil. “Esse foi um pedido meu para que tivesse autonomia. Se os outros não fizeram no passado, é porque não tiveram autonomia. Estou assumindo a polícia com total autonomia e com total responsabilidade de diminuir a criminalidade no Distrito Federal”, falou o novo diretor da Polícia Civil, Onofre José de Moraes.
Greve 'não é justa'Sobre um possível questionamento da greve da Polícia Civil na Justiça, o governador disse que a Procuradoria do Distrito Federal será consultada. “Estamos consultando a Procuradoria do Distrito com relação a essa medida. Temos novo diretor da Polícia Civil, que conduzirá o processo da greve”, disse.
Agnelo criticou a paralisação. “A greve não é justa porque, se ela prosseguir para ter um reajuste salarial, isso cabe ao aspecto mais nacional”, avaliou o governador. O GDF recebe verba do Fundo Constitucional para a área de segurança.
Os agentes da Polícia Civil entraram em greve por tempo indeterminado no dia 27 de outubro. Por decisão em assembleia, 30% do efetivo do efetivo permanece trabalhando. Crimes de menor potencial ofensivo, como furtos de veículos e roubos, não estão sendo investigado. As escoltas de presos para hospitais por agentes também estão suspensas.
Esta é a segunda vez neste ano que a categoria interrompe o atendimento à população. Entre e abril e maio, os agentes pararam por 16 dias e conseguiram do GDF a promessa de que os salários seriam reajustados em 13%, o pagamento de dívidas que o governo tem com a categoria, a implementação do plano de saúde subsidiado e a reestruturação da carreira.