- Da Coluna do Claudio Humberto - A Comissão de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados vai realizar uma audiência pública para discutir a situação da aviação nos estados da Amazônia Legal. O deputado que solicitou o debate,
Gladson Cameli (PP-AC), afirmou a esta Coluna que o
objetivo é cobrar mais comprometimento das empresas aéreas com a região norte do país, que vem sendo deixada de lado. Segundo ele, são poucos voos com preços que não condizem com a realidade socioeconômica da região.
Veja, na íntegra, a entrevista:O principal problema da aviação nos estados da Amazônia Legal é o preço das passagens?O que está acontecendo é que as empresas aéreas não estão comprometidas com a região Norte do país. A TAM está cobrando pelo trecho Rio Branco/Brasília R$3.600, a Gol pratica grampo indireto, depois de um mês que a Trip faz está fazendo o trecho, ela entra com voo no mesmo horário até a Trip retirar seu voo e deixa todo mundo de braços amarrados. Se há uma concessão das linhas, tem de haver compromisso com a população do Norte, que são estados pobres que precisam de um olhar diferente.
Alguma providência já foi tomada com relação ao fato?Nós estivemos com Anac para saber o que, de fato, está acontecendo. Os principais diretores e a Anac estarão presentes [na audiência] para dar explicações. Nós ficamos totalmente ilhados entre os meses de janeiro e fevereiro. Rio Branco ficou de lado porque só tinha uma empresa operando sem suporte, a gente não conseguia vaga.
E com relação ao valor das passagens? Como está a situação?Nós queremos uma alternativa para os governos estaduais a fim de buscar incentivo para que as empresas possam abaixar o preço das passagens - precisa ter incentivo dos governos federais e estaduais. A ideia é convocar para essa discussão no Congresso. A própria Anac tem de colocar pressão em cima das empresas. Eu quero entender essa matemática que cobra R$400 para Rio Braco e R$100 para Porto Velho, que é a mesma distância. Daria para fazer o mesmo voo com valores iguais, é desleal com a relidade do local. Então, após essa discussão nós iremos propor que seja estipulado um teto máximo para o valor cobrado.