- Por Celso Fernandes - A Comissão de Educação do Senado vai votar hoje (27/2) o projeto do senador Gim Argello, que prevê a inclusão de idosos na educação de jovens e adultos (EJA)
Trata-se de um sistema de estudos que busca trazer quem não completou o ensino regular de volta para a escola.
O senador Gim Argello quer a inclusão de idosos no EJA.
Gim Argello destacou que sobram vagas na rede pública para colocar a ideia em ação. “A educação é dever do Estado e o FUNDEB, que tem um potencial de 50 milhões de matrículas, tem menos de sete milhões”, afirmou.
Leia a entrevista concedida com exclusividade nesta segunda (26):
Qual a importância deste projeto?O ponto principal do projeto é focar na faixa de população que mais cresceu nos últimos anos. De acordo com o Estatuto do Idoso, todos os brasileiros com 60 anos ou mais se enquadram nesse segmento. Em breve os idosos vão corresponder a 20% da população brasileira. A maioria dos analfabetos e analfabetos funcionais estão nessa faixa etária. Portanto, o projeto tem como objetivo auxiliá-los a deixar essa condição.Como deve ser feita esta inclusão?Além da educação, o projeto contempla áreas de atividades físicas assistidas, espaços de convivência e a participação em eventos culturais. A ideia é que haja uma interação social maior e de melhor qualidade. Além disso, com o auxílio da informática será possível quebrar mais essa “barreira”.O senhor acha que os idosos precisarão ter uma educação diferenciada? Como?Com certeza. A educação é dever do Estado e o FUNDEB, que tem um potencial de 50 milhões de matrículas, tem menos de sete milhões. Com uma ação mais incisiva do poder público, o tratamento deve ser e será diferente. A experiência de vida e a sabedoria das pessoas não pode ser desconsiderada no planejamento das aulas.O senhor acha que o projeto pode ajudar na inclusão de idosos no mercado de trabalho?A tendência é que a melhora seja significativa, pois além da alfabetização, a inclusão digital será mais uma consequência do trabalho realizado.