- Da Agência Brasil -
Os servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) aderiram nesta quarta-feira (22/8) à greve que ocorre em órgãos do Judiciário,
por tempo indeterminado.
A paralisação não deve afetar os serviços essenciais da Corte e do julgamento do mensalão, segundo informações da representante do movimento grevista, Mônica Villarino.
De acordo com Mônica Villarino, os servidores do STF rejeitaram proposta do Poder Executivo, de reajuste de 15,8% dividido em três anos, em assembleia realizada ontem. “Somando o tempo que estamos sem reajuste, já serão nove anos [o último aumento salarial da categoria foi em 2006]. É um valor inviável, não cobre sequer a inflação”, argumentou.
A reivindicação da categoria é a aprovação do Projeto de Lei 6613, em tramitação desde 2009, que prevê reajustes de 56% na folha salarial dos servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União.
Pelo projeto, enviado ao Congresso Nacional pelo STF, o vencimento básico do analista judiciário no início de carreira será R$ 6.855,73 e, no fim de carreira, R$ 10.883,07. A esse valor é acrescida a Gratificação Judiciária (GAJ), que corresponde a 50% do vencimento básico do servidor, além de vantagens pecuniárias. Somadas as gratificações, a remuneração inicial do analista judiciário passará dos atuais R$ 6 mil para cerca de R$ 10 mil. O salário do mesmo cargo no final da carreira vai de R$ 10 mil para cerca de R$ 16 mil.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), a greve conta com a adesão dos tribunais de Justiça dos estados de São Paulo, Mato Grosso, do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Santa Catarina, Minas Gerais, Alagoas, do Piauí, Maranhão e do Distrito Federal. Além deles, também estão em greve o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5) e o Ministério Público da União (MPU).