- Da Folha.Uol - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, 64, viajou por volta das 12 horas desta sexta-feira para os Estados Unidos. Ele, que também comanda o COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014), embarcou em um jatinho particular rumo a Miami, onde sua família já estava e o cartola possui bens. Teixeira foi acompanhado do empresário Wagner Abrahão, presidente do Grupo Águia, responsável pela comercialização dos ingressos VIPs para o Mundial no Brasil e dono da agência de turismo Pallas, prestadora de serviços da CBF. Ainda não houve uma confirmação oficial de que o dirigente está se licenciando do cargo.
Ricardo Teixeira em vários momentos como presidente da CBF.
A viagem acontece em meio a novas denúncias de corrupção envolvendo Teixeira, que é mineiro de Carlos Chafas e está desde 1989 no cargo, quando chegou ao poder amparado pelo então sogro e presidente da Fifa, João Havelange.
Uma renúncia do cartola da confederação que controla o futebol nacional vem sendo dada como certa desde quarta-feira por presidentes de federações estaduais, que já começaram a articular uma eventual sucessão.
Nesta quinta, ele se reuniu-se com José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, seus preferidos para comandar a CBF caso realmente saia.
O trio almoçou e conversou numa churrascaria do Rio. Ex-governador paulista, Marin seria o sucessor de Teixeira, pois é seu vice mais velho. Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, seria o novo secretário-geral.
À tarde, Teixeira visitou a CBF, onde ficou no gabinete e conversou com funcionários. Pela manhã, despachou com executivos do comitê da Copa-2014.
Ricardo Teixeira apaga elos com caso ISL
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, fez alterações na sua principal empresa, a RLJ Participações, e procurou se desvincular ou esconder elos com o caso da ISL, ex-parceira da Fifa e centro do maior escândalo de corrupção de sua história.As mudanças na RLJ ocorreram no segundo semestre de 2011 e coincidem com o aumento da pressão em Teixeira sobre o caso ISL.
A rede britânica BBC acusou o dirigente e o ex-presidente da Fifa João Havelange de receberem propina da ISL na década de 90.