Cogitado pelo Partido Social Cristão para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) diz que não é homofóbico, mas é contra o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo.
- Do Bol/Uol - A confirmação do nome do deputado para o colegiado deve ser feita hoje. A comissão recebe e investiga denúncias de violações de direitos humanos e discute e vota propostas na área.
E é o presidente da comissão quem determina a pauta dos projetos que devem ser votados.
Pastor Marco Feliciano, em sua casa em Orlândia (SP). Foto: Edson Silva/Folhapress.
"Não vou recuar, e se meu partido recuar vai ser muito feio", disse o pastor.
Ele afirmou que foi alvo de "infâmia, perseguição e até ameaça de morte" depois que foi sondado para assumir o posto.
Entre as polêmicas geradas está o histórico de declarações do deputado sobre os homossexuais. Questionado pela Folha, Feliciano respondeu:
"Me desculpe se eu agredir os seus ouvidos, mas o reto não foi feito para ser penetrado. Não sou contra o homossexual, sou contra o ato homossexual. Todo cristão é contra o ato homossexual".
Em 2011 ele declarou no Twitter que os "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé". Depois, disse que foi mal compreendido: "Minha família tem matriz africana, não sou racista".
Em outra ocasião, o pastor postou na rede social que
"a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime e à rejeição”.
No ano passado, o pastor defendeu em debate no plenário os tratamentos de “
cura gay”.
Crítico à indicação do pastor, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) teme pelas minorias:
"Uma pessoa com uma mentalidade dessas estar à frente da comissão [de direitos humanos] é o máximo do contrassenso".